Afoito, o jovem e bem sucedido empresário, que contava com uma conta bancária recheada de reais chegou até à uma casa onde eram vendidos produtos fitoterápicos e foi logo dizendo o que queria:
- Caro Sr., sei de sua fama e de sua competência. Sei também, que é uma pessoa extremamente feliz. Disso concluí que há algum mistério em sua vida que jamais foi revelado, e talvez a resposta resida justamente naquilo que mais sabe fazer...
O proprietário da residência, um Sr. de aproximadamente 88 anos e ascendência oriental ouvia as palavras do jovem enquanto regava seu quintal, tendo aparentado certa discordância em relação às mesmas em seu início, mas uma concordância ao final.
- Então... gostaria de comprar a planta, a fórmula ou seja lá o que for que o permite ser tão feliz - prosseguiu o jovem.
O ancião esboçou uma resposta mas foi interrompido:
- Antes quero esclarecer que estou disposto a recompensá-lo muito bem, entendeu? Muito bem pelo que tem a me receitar.
O velho não se conteve e deixou escapar um sorriso que mesclava certa sabedoria mas tinha um ar pueril, inocente. Em seguida disparou:
- Antes, rapaz, diga-me: qual é o valor da sua vida? Sem deixar qualquer resposta ser dada, continuou: - Quanto custa a vida de seus pais, de sua esposa, de seus filhos, de seus amigos?!
Ao que o jovem replicou:
- Não há preço, Sr. Jamais poderia colocar preço em algo tão fundamental, a amizade, a família, o amor. Mas não é isso que pretendo comprar. Quero a felicidade. E reitero, pagarei uma soberba soma para tê-la.
Com toda a sua sapiência, o ancião, tendo coçado a sua grisalha barba por alguns segundos e refletido sobre o preparo do mancebo para o recebimento da resposta, asseverou:
- "VIVER FELIZ" é um pleonasmo!!! Nunca esqueça disso! Esta é a minha fórmula da felicidade, utilize-a como quiser. Mas ela só funcionará quando compreendê-la e aplicá-la com perfeição...
Pasmo, o jovem silenciou e dois minutos depois levantou-se em direção à saída. Não sem antes tropeçar (nas palavras):
- Que sabedoria... peça-me a quantia que desejar.
- Que sabedoria... peça-me a quantia que desejar.
- Tsc tsc! - lamentou o velho. E prosseguiu:
- Dê-me um forte abraço, menino.
Sem entender bem, o "moleque" vestido com um terno caríssimo atendeu ao pedido e ouviu o sussurro do sábio:
- "Vá e viva!" Isso será o suficiente para o seu aprendizado...
Nenhum comentário:
Postar um comentário