terça-feira, 27 de setembro de 2011

A liberdade amorosa (waratiana)




http://msocorrom.blogspot.com/2010/07/amor-respeito-e-liberdade.html

“De que hablamos cuando hablamos de libertad?(…) 

“La respuesta: hablamos de amor. (...)

La libertad es um acto de ternura que nos despoja de los vacíos, que cancela represiones y alivia el peso de las censuras; de tantas hipocresías y trivialidades disfarzadas de cosas importantes. (…) Libertad: tierra de sombras, adioses, Dolores, partos, encuentros; pero fundamentalmente: tierra de solidariedades."

(WARAT, Luis Alberto. Por quien cantan las sirenas: Informe sobre Eco-ciudadania, Género y Derecho – Incidências Del barroco em El pensamento jurídico. Florianópolis: UNOESC/CPGD-UFSC, 1996. p. 129.)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Revolução, por Félix Guatarri

Seria preciso tentarmos pensar um pouquinho o que quer dizer revolução. Esse termo já está tão estragado, tão desgastado, já se arrastou por tantos lugares, que seria preciso voltar a um mínimo de definição, ainda que elementar. Não tenho uma definição que eu me lembre de cor; não preparei conferência a respeito, senão eu teria uma no papel. Uma revolução, é algo da natureza de um processo, de uma mudança que faz com que não se volte mais para o mesmo ponto. O que aliás até contradiz o sentido do termo «revolução» empregado para designar o movimento de um astro em torno de outro. A revolução seria mais uma repetição que muda algo, uma repetição que produz o irreversível. Um processo que produz História, que nos tira da repetição das mesmas atitudes e das mesmas significações. Então, por definição, uma revolução não pode ser programada, pois aquilo que se programa é sempre do déja-la . As revoluções, assim como a História, sempre trazem surpresas. Por natureza, elas são sempre imprevisíveis. Isso em nada impede que se trabalhe pela revolução, desde que se entenda esse “trabalhar pela revolução”, como sendo trabalhar pelo imprevisível.

(GUATARRI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1996. p. 185)