quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hoje é dia de Roseli

Não é um alecrim dourado,
que nasceu no campo sem ser semeado.
Não é uma linda canção que agora soa clichê
É uma rosa bela, é você.

Não é só uma menina feliz,
é a mulher que eu sempre quis
para ser a mãe da minha filha
e transformar a vida numa maravilha.

Simbolizada não por um alecrim,
(o que deveras não seria ruim),
você é a rosa do meu jardim de alegria.
Seu nome é Roseli, e hoje é o seu dia.


PS: Parabéns, meu amor. Perdoe-me por não ter acordado literário bem no dia de seu aniversário, e o presente poético ter se tornado demasiado simplório diante do significado que você tem na minha vida. Entretanto não pude deixar de fazer um breve, incompleto e desregrado soneto, pois não me canso de dizer de diversas formas: TE AMO.
Ao ler o poema, senti-o meio infantil, mas nosso amor é meio assim mesmo, é verdadeiro, não consegue ser dissimulado. Além disso, é dotado de uma ternura que, paradoxalmente, constitui a sua própria fortaleza: quanto mais doce, mais gostoso - embora você prefira café sem açúcar (risos).
AMO-TE!!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

"Talvez" - ou "Breno e um passeio solitário e coletivamente transformador"

Ontem, caminhando pelas ruas de sua cidade, Breno sentia que estava trafegando por um lugar diferente, desconhecido para ele. Na verdade ele sempre morou no mesmo lugar, e o trecho por ele percorrido era habitual.
Talvez o clima, talvez o pequeno número de pessoas, talvez a mudança pessoal que lhe rendeu uma nova visão. Enfim, são inúmeros os "talvezes"...
Outro talvez poderia se referir à leitura que recentemente havia feito da entrevista de Alain Badiou sobre o valor revolucionário do Amor. Temática que tanto o agrada.
Talvez, também, fosse a entrevista de Emmanuel Levinás, transmitida um dia antes de seu caminhar errante em um dia comum, que o tivesse tornado outro.
Talvez, todos os "talvezes" não sejam, "talvezes" quaisquer. Mas talvez o maior de todos os "talvezes" que se entrelaçam e brincam de realidade com Breno seja aquele que cultivou em seu coração a semente da esperança de um mundo melhor, pois Breno ratificou para si que o mundo ao seu redor pode ser mudado quando ele próprio se permitir ser transformado.
Um revolucionário sente que o é, por mais que seu sentimentos candentes tenham por algum motivo sido arrefecidos. E Breno, embora fantasma perambulante que é, sabe bem disso, e mesmo que passe despercebido aos olhos das pessoas, não o será no tocante aos corações destas. Ainda que elas jamais saibam da existência ou do nome de Breno. O valor revolucionário de Breno está para além dele, foge à sua individualidade, e faz de um fantasminha, um espírito melhor, em busca da luz que ilumina seus passos, dando -lhe nova visão e mostrando que os lugares de outrora são os mesmos, mas outros também, e "talvez".
Basta caminhar, acreditar e querer ser revolucionado pelo Amor. É impossível que tal fenômeno não se propague à coletividade, ainda que leve tempo.