Tantas coisas tristes, tantas coisas alegres, tantas coisas... assim é a vida, assim é a felicidade e o Amor...
Outra vez comecei com a mesma frase. Sim, novamente não encontrei um pensamento de impacto para atrair a atenção do leitor ao novo post. Também não procurei muito. Pra ser sincero não procurei nada. Achei mais cômodo começar com uma frase já dita e estabelecer, ainda que arbitrariamente, uma ligação com outra postagem. Espero que dê certo.
Em nossas vidas "coisas" acontecem. Tais "acontecimentos de coisas" podem ser entendidos como fenômenos. Por vezes nos alegram, por vezes nos entristecem. [Aqui uma pausa é necessária: o texto ao que parece caminha em direção a uma "meninice" superficial tremenda. Aparenta digno de ser colocado em "Frases para o orkut" ou em "caderno de confidências" (lembra disso?).]
É... mas a vida é assim. Sendo bem franco, a felicidade se constitui disso. Ela é um fenômeno decorrente ou resultante do equilíbrio entre outras duas espécies de fenômenos: os alegres e os tristes.
Frequentemente felicidade e alegria são tomadas como termos permutáveis. Aliás, como fenômenos de tal estirpe. Trata-se de uma incorreção.
A alegria é um elemento, ou melhor, é um fenômeno causador de euforia e agitação.
A tristeza, por sua vez, é um fenômeno tipicamente introspectivo. Ao contrário da alegria, ela se fecha, ou faz com que aquele que a sente o faça.
Já a felicidade é algo bem diferente. Pode a um passo ser expansiva, escandalosa, mas a outro tímida e serena. Por felicidade entendo a equalização da tristeza e da alegria. Numa linguagem budista, tratar-se-ia do Caminho do Meio, isto é, a representação do equilíbrio.
Não é à toa que quando estamos muito alegres, até mesmo uma "unhazinha" encravada logo nos acomete com uma força tamanha que nos quedamos tristes. É uma vontade (inconsciente) nossa. Almejar a tristeza para alcançar a felicidade. Daí é que algumas pessoas dizem que nada na vida pode tomar um rumo e seguir sem paradas. Por óbvio, este vaivém frenético intrínseco à vida (aliás é com um vaivém desses que ela surge) é um fenômeno de fenômenos que preside as alternações alegria-tristeza ou oscilações de energia do eu-cósmico.
Portanto, é preciso entendermos a tristeza não como uma contradição para com a felicidade, mas, ao revés, entendê-la como um elemento inerente à esta. Contudo, uma advertência é plausível: não cultive a pusilanimidade fomentando para si a tristeza, deseje-a como um ensinamento e um ponto de equilíbrio, apenas. O que lhe digo é para buscar o equilíbrio, não para cair em desespero, posto que o adoecimento oriundo da forte tristeza só ocorre quando os limites da justa medida são ultrapassados. Como saber quando se chegou ao limite? Também não sei. Busco diuturnamente sabê-lo... A única coisa que sei, é que tudo o que acabei de dizer é verdade - para mim, ao menos.