sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Campanha "Abraços grátis"

Há tempos que venho pensando em promover uma campanha que já não é lá tão original ou tão inovadora. Já existe e foi realizada em vários cantos do mundo. É um movimento denominado de Free Hugs, ou seja, Abraços grátis.
Certamente muitos que agora leem estas linhas conhecem ou pelo menos já ouviram falar desta prática. Várias são as formas de levá-la a efeito, pois que inexiste uma "receita" ou padrões rígidos para a consecução das suas finalidades.
Aliás, quais são estas finalidades? Bem, em primeiro lugar não se tem um propósito exato, pois se o mesmo existisse o movimento perderia o seu caráter afetivo, amistoso e descontraído. Transformar-se-ia numa obrigação - e aqui a lógica é a da transgressão.
Abraçar significa romper com os muros que nos cercam em nosso próprios mundos individuais, permitindo-nos a entrega afetiva ao Outro. O abraço torna duas pessoas uma (Drummond de Andrade), cria o espaço do "Entre-nós" (Levinás). Esta é a dimensão afetiva do abraço.
Ademais, abraçar significa a responsabilidade pelo abraçado, este que inspira cuidado (Fromm). Abraçá-lo representa protegê-lo e, por conseguinte, ser protegido também. Trata-se da dimensão ética do abraço.
Por fim, algumas pesquisas apontam os efeitos positivos que este tão singelo ato proporciona no tocante à saúde: diminui a ansiedade e o stress, revitaliza as energias, combate a depressão, revigora o sistema imunológico etc. Aqui se fala da dimensão terapêutica do abraços. 
Portanto, deixemo-nos levar por este movimento que expressa a mais alta e sincera igualdade entre as pessoas, rompendo com as edificações simbólicas que nos separam uns dos outros em classes de pessoas, como se fôssemos coisas e, assim, passíveis de classificações totalitárias.
(Assistam o vídeo na íntegra e tenham uma noção do que se trata...)


E então: que tal "abraçar" essa ideia? (quem estiver disposto basta avisar)

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