sábado, 31 de julho de 2010

Sobre a necessidade de escrever (no Blog)


Um sentimento paradoxal agora me acomete...

Ao idelizar o blog, pensava inicialmente em algo que, como o próprio indicou, transgredisse tudo o que fosse possível e plausível de o ser. Entretanto, nesse momento me deparo com uma necessidade: a de escrever alguma coisa que seja (ou ao menos pareça) interessante para a manutenção da própria vida do Blog, algo que o fizesse reviver, como um ato de ressurreição, talvez mais intimamente conectado ao mito da fênix - seria demaisado forçoso (e pecaminoso até) aludir à passagem bíblica cristiana.

Destarte, encontrei-me em uma celeuma consistente na famosa dicotomia desejo X dever. Este como decorrência da necessidade de postar algum conteúdo novo e, aquele edificado a partir de uma contradição em-si: a de nada fazer (desejo indolente) e, simultaneamente, a de publicar um discuros que se mostrasse interessante ao leitor que perde um pedaço de seu parco tempo para ler as besteiras que posto. E nesse emaranhado de infinitas contraposições acabei constatando, finalmente, que estava diante de uma situação de ensinamento (como são todas na vida, embora nem sempre sejamos grandes aprendizes) e, então, encontrei uma "moral da história":


As regras, em sua forma ideal, nascem de nossas necessidades e, por mais que tenhamos que as transgredir (as regras) para alcançarmos tanto quanto possível a libertação, não podemos olvidar de colocar em marcha uma regra fundamental: movimentarmo-nos, tirando a poeira acumulada sobre nossos corpos e cérebros de modo a tornar a vida mais dinâmica, buscando sempre o novo e, assim, transgredindo a regra da imobilidade através de uma outra regra: a de um devir incessante.


Transgredir as regras sempre, por mais que isso se faça por meio de regras de transgressão: a essência desta é a contradição que é a vida, por isso a temática do AMOR na criação do Blog. Ambos podem ser tomados sob esta perspectiva.

2 comentários:

  1. Citando o ilustre Mário Osório Marques, "escrever é preciso"

    Compartilho tuas indagações sobre o pulsar de um blog, na perspectiva de uma vida plena, não meramente uma sobrevivência...

    quanto a fênix, há que se cuidar os bodoques que encontramos no cotidiano... da comodidade...

    grande abraço

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  2. Interessantíssimo seu (breve) comentário. Entretanto, saliento uma vez mais que o mito da fênix remonta justamente à possibilidade de ressurreição. Destarte, os bodoques não se mostram como instrumentos a causar medo, pois seus efeitos (quando se tem boa mira, caso contrário serão ainda mais ineficientes) são passageiros: a morte de fênix é um instante, a vida é o que ela representa... (risos)
    Obrigado pelo comentário bem humorado.

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