Excerto extraído da obra "O Amor Louco", de André Breton.
Trecho este dedicado à filha do autor.
Aqui o reproduzo como forma de homenagem pelo advento do primeiro aniversário de minha filha Sofia, a qual, inocentemente, ensina-me, sem hesitar, sobre as coisas mais profundas e difíceis (e por que não, mais belas também?) que a vida pode me oferecer.
«Afastar-me
para longe de vós! Revestia-se para mim da maior importância ouvir-vos, por
exemplo, responder, um dia, com toda a inocência, a essas perguntas insidiosas
que as pessoas crescidas fazem às crianças: "Com que é que se pensa, com
que é que se sofre? Como é que se soube o nome do sol? De onde é que a noite
vem?" Como se elas próprias o soubessem! Já que, para mi, sois a criatura
humana em toda a autenticidade, deveríeis, contra tudo o que é previsível, ser
vós mesmos a ensinar-mo...
Gostaria de saber-vos loucamente amada.»(André Breton)